domingo, 28 de outubro de 2012

farsas   farpas   trapos   trapaças
corpo encharcado de escória
ginga   zanza   zoa
na Augusta

onde um moleque pede uma moeda
prum crack   prum back  um baque
batuque dos saltos da puta
q te guarda, Augusta,
amassada entre os seios
seus cheiros   suores   olhares
atravessam o labor paulistano
com o estardalhaço do gozo
q rasga as gravatas
com dentes pungentes da orgia


ó minha Augusta
és pura
és pulha
és puta
como quaisquer destes vagabundos
q roçam suas coxas
chupam teu sexo
& em teus seixos fornicam a madrugada
com os passos duma vida   vil   vadia

domingo, 21 de outubro de 2012



Diluviares

                                 a Leon


ventre convulso
                           fremi num parto

Estoura!    Entorna!

quem berra,
quem jorra?
A mãe, o filho? 
ou o devir da vida em dilúvio?

domingo, 7 de outubro de 2012

talharim peralta

uma árvore que depenca do chão
é nada
             pra quem tá plantado

mas o parapeito entorta um beco
prum olho que entorna do corpo
(& deixa entrever o horizonte tropeçando num prédio)