segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dê uma bisbilhotada na nova edição da 7faces Caderno-Revista de Poesia. Versos de arrepiar, homenagem ao poeta Salgado Maranhão e instigante editorial de Pedro Fernandes. http://set7aces.blogspot.com.br

sábado, 21 de julho de 2012


...& duas pitadas de soda cáustica


quanto fica
            encarcerado nas peias de pensamentos
            na vista que escorrega em jornais
            nas gangorras da memória?


quanto, no conforto de planos futuros
             absorto no bocejo de esperanças
             com a vida em banho maria?


quanto de mim               
                 aberto às forças do instante
                 ligado nas sensações presentes
                 sentindo que se é   o que acontece?

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Fluído translinguístico

“Terence McKenna descreve o estado inicial de DMT, que permite jorros prolongados de energia vocal, como sendo o de ver os níveis de som se tornarem mais densos até que finalmente se materializam em pequenas criaturas como gnomos, como máquinas feitas de um material parecido com espuma obsidiana que brota do corpo, da boca e dos órgãos sexuais enquanto o som continua. É uma coisa efervescente, fosforescente e indescritível. Aqui é onde as metáforas linguísticas se tornam inúteis pois, na verdade, essa espuma é material supralinguístico; é uma linguagem, mas não feita de palavras – uma linguagem que se torna, e que é, a coisa que ela descreve. É um Logos arquetípico mais perfeito. Estamos convictos de que através de experiências com estes fenômenos vocais, com ou sem drogas, será possível entender e usar a matéria translinguística para obter qualquer realidade, já que dizer qualquer coisa nessa voz é fazer com que a coisa aconteça!"

Dennis McKenna

segunda-feira, 2 de julho de 2012


Em sua vista inerte, a morte inscrevia uma vereda. no bolso um bilhete:


Quem me escreve

me invento em versos
decerto
              ali
                    me trago

me estrago em versos
incerto
            aqui
                    me inverto

me escondo em versos
ali
       nos vãos
                      em vão
me escorro
                   sem pistas

copista de mim
golpista de mim